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segunda-feira, 19 de março de 2012

Theatro da Paz, o auge da economia da borracha no Pará

Theatro da Paz, na praça da República, em Belém/PA remonta a 1874, e foi construído com dinheiro da extração da borracha da Amazônia. (Foto: Leonardo Heffer)

É na praça da República, levantada de forma majestosa, mas ainda assim discreta, que está um dos grandes símbolos da história de Belém: o Theatro da Paz. O prédio, que tem construção e inauguração ainda na época do império, por volta de 1870 e 1880 é um verdadeiro passeio a era áurea da economia da borracha.

O projeto do teatro é de um Pernambucano: José Tibúrcio Pereira Magalhães. Ele foi o responsável pela arquitetura também da Assembleia Legislativa do Recife e diretor das obras de reconstrução do Teatro Santa Isabel (Também no Recife/PE), destruído em um incêndio em 1869. Ele era engenheiro militar e suas obras tinham um caráter extremamente neoclássico. Essas características foram desenhadas no Teatro da Paz, que começou a ser construído em 1869 e somente em 1874 terminou de ser edificado. Porém sua inauguração foi ainda mais tarde, em 1878, porque denúncias contra os construtores do prédio acabaram adiando a inauguração.

Para quem passa por Belém pela primeira vez, sem guia turístico, é interessante procurar a visita guiada ao teatro. Aconselho imensamente o passeio de domingo pelo teatro. Isso porque além de aproveitar a visita, ainda pode dar uma conferida na feirinha que acontece na praça da república só aos domingos. Há uma visitação às 10h. O preço é R$ 4.

Primeira parada da visita é no saguão do teatro, com escadas de mármore, lustre com cristais franceses, e bustos esculpidos em mármore de carrara representando José de Alencar e Gonçalves Dias. (Foto: Leonardo Heffer)
A primeira parada da visita guiada é no saguão do teatro. Lustre com cristais franceses, com detalhes que lembram as sementes das região; escadaria de mármore; mosaico do chão todo colocado com o grude (cola) de um peixe da região. Em cada coluna, na entrada, é possível ver um busto esculpido em mármore de carrara: um de José de Alencar outro de Gonçalves Dias, escritores responsáveis por introduzirem na literatura, o índio.


Interior do Teatro da Paz, ao fundo o palco e a plateia, no formato de ferradura (ou formato U), onde os camarotes dos dois primeiros pisos eram destinados a barões e os dois últimos aos empregados (Foto: Leonardo Heffer)
A segunda parada é dentro do teatro. Em formato de ferradura (ou no formato U, como muitos conhecem) o teatro é formado por cadeiras da plateia, que fica, no piso térrio, e mais 4 andares com cadeiras separadas como se fossem pequenos camarotes. Na época da inauguração (e por muitos anos seguidos) os lugares mais à altura do palco, e dois andares acima, eram destinados às classes mais ricas. Os dois últimos pisos (o último conhecido como "paraíso", por estar mais próximo ao céu) eram destinos aos serviçais, escravos ou empregados; De acordo com a guia do espaço, essa segregação continua ainda hoje por meio dos preços dos ingressos: os dos andares mais baixos, os mais caros e os dois últimos andares, os mais acessíveis.

Os camarotes são sustentados por ferros que parecem fazer parte da
decoração do Teatro. (Foto: Leonardo Heffer)
Vale destacar aqui, assim como o é destacado durante a visita, que o sistema de refrigeração já existia no começo do século passado. As saídas de ar eram localizadas abaixo das cadeiras do primeiro piso, mantendo a refrigeração para as famílias mais ricas, enquanto os andares superiores ficavam em espaço mais quente. Só depois do ano 2000, com uma recente reforma do teatro, é que as saídas do sistema de refrigeração passaram a ser no teto do teatro.

Como se pode ver na foto ao lado, em nenhum ponto dos balcões no teatro existem colunas sustentando os camarotes. Eles são suspensos, presos por armações de ferro trabalhadas que é possível ver como se fossem divisórias dos camarotes no teto de cada piso.

Parte do Foyer do Teatro da Paz, com seus lustres, portas, e o piso, por onde já não se pode mais andar. O local era o espaço das festas da sociedade paraense do começo do século XX. (Foto: Leonardo Heffer)
Outro espaço levado pela visita guiada é o conhecido Foyer. Hoje o espaço não é mais usado, e a visita só pode ser feita sobre um tapete vermelho disposto sobre o piso de madeira, já que o piso se encontra extremamente gasto. Era neste local onde aconteciam bailes para as jovens da sociedade no começo do século passado. Novamente, cabia aos criados das senhoras permanecerem em balcão, que rodeia a sala no andar superior.

A facahada do teatro também passou reformas muito antes da que revitalizou o espaço no começo do século XXI. Ainda em 1904, a frente do teatro foi recuada devido a um erro de cálculo dos engenheiros e arquitetos responsáveis pela construção do local. Isso tudo porque, a arquitetura neoclássica usada na construção não condizia com as diretrizes desse tipo de arquitetura. Na história, o neoclássico pregava que colunas deveriam ser sempre construídas em números pares, e na obra foram erguidas sete colunas. O erro foi corrigido nesse recuo, que fez com que o teatro ficasse com seis colunas.

Hoje, o Teatro da Paz, nome dado pelo arcebispo da época Dom Macedo Costa, é considerado o maior da região norte, um dos mais luxuosos do país, e um dos teatros-monumentos do Brasil.

Veja mais fotos do teatro:
A placa de aviso "Proibido fumar" é ainda do começo do século XX, quando se usava H nas palavras e ainda apresenta o mesmo aviso em francês, italiano, inglês e alemão. Registro para a ordem de importância das línguas na época. (Foto: Leonardo Heffer)

Outra imagem do Foyer é possível identificar o balcão suspenso, onde ficavam os empregados das senhoras que participavam dos bailes no salão. (Foto: Leonardo Heffer)

Escadas de acessos aos dois últimos andares de camarotes do Teatro da Paz. Percebe-se que com a diminuição da importância da casta, também diminui a pompa da arquitetura do Teatro (Foto: Leonardo Heffer)

Corredores de acesso aos camarotes do segundo piso do Teatro da Paz. (Foto: Leonardo Heffer)

Entrada para o primeiro piso de camarotes do Teatro da Paz.  Espelhos e esculturas marcam as riquezas do Pará do período áureo da extração da borracha no estado. (Foto: Leonardo Heffer)

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Via Round Trip: Theatro da Paz, o auge da economia da borracha no ...: Theatro da Paz, na praça da República, em Belém/PA remonta a 1874, e foi construído com dinheiro da extração da borracha da Amazônia. (Fot...

domingo, 18 de março de 2012

Bem vindo a Belém, Gente Boa!


Com uma população de 1.392.031 habitantes, maior densidade demógrafica da região norte 1307,17 hab/km², (IBGE/2010), é conhecida como "Metrópole da Amazônia", e uma das dez cidades mais movimentadas e atraentes do Brasil. A cidade é sede da Região Metropolitana de Belém, que com 2.100.319 habitantes, é a 2º mais populosa da região, 12ª do país e 177ª do mundo, além de ser o maior aglomerado urbano da região. Belém é classificada como a capital com melhor qualidade de vida do Norte do Brasil.

Em seus quase 400 anos de história, Belém vivenciou momentos de plenitude, entre os quais o período áureo da borracha, no início do século XX, quando o município recebeu inúmeras famílias europeias, o que veio a influenciar grandemente a arquitetura de suas edificações, ficando conhecida na época como Paris n'América. Hoje, apesar de ser cosmopolita e moderna em vários aspectos, Belém não perdeu o ar tradicional das fachadas dos casarões, das igrejas e capelas do período colonial. A cidade é mundialmente conhecida e exerce significativa influência nacional e até internacional, seja do ponto de vista cultural, econômico ou político. Conta com importantes monumentos, parques e museus, como o Theatro da Paz, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o mercado Ver-o-Peso, e eventos de grande repercussão, como a Amazônia Fashion Week, o Círio de Nazaré...

A primeira vista, para quem caiu de paraquedas na cidade e precisa se locomover, das duas uma: ou use táxi, ou conheça bem a cidade para alugar um carro. GPS por aqui serve apenas como ponto de referência, mas em vários pontos da cidade não é de grande ajuda (experiência própria). Não que ele não funcione, mas a maioria das informações está desatualizada e normalmente o GPS te indica um caminho que, hoje, é contramão.

Na região do bairro Campina, local onde escolhi para me hospedar, por ser próximo aos pontos turísticos na orla da baía de Guajará, as ruas, além de estreitas (lembrando muito por exemplo o Saara no RJ, ou pelorinho na Bahia - com a diferença que se passa de carro por elas), são complicadas. Placas de identificação dos nomes das ruas, só nos cruzamentos com ruas mais arteriais ou, em poucas exeções, por dentro do bairro. Também, por se tratar de um bairro antigo, as ruas não são tão planejadas como por exemplo em Fortaleza (CE), ou seja, se você perder a rua que deveria entrar, em alguns casos, você terá que dar uma volta muito grande para conseguir retornar àquele ponto (também sentido na pele isso).

Praça da República, no bairro Campina, em Belém.
(Foto: Leonardo Heffer).

Mas ainda assim, é um bairro central, que pelo aspecto - não sei se é real - não tem cara de ser confiável andar muito a pé, principalmente pelas travessas. Mas ainda assim você tem a Avenida Presidente Vagas, que começa na Estação das Docas (um dos pontos turísticos ao qual falaremos). É na Presidente Vargas que você também chega à Praça da República, uma das principais praças de Belém, bastante usada pelos moradores da cidade, principalmente ao domingos, com direito a feirinha e tudo.

É na praça que estão os principais monumentos da cidade, como estátuas, coretos (aos montes) e claro o Teatro da Paz, o principal teatro da cidade e também o mais simbólico de Belém - também falaremos sobre o teatro em outro post.

Basílica de Nossa Senhora de Nazaré
(Foto: Leonardo Heffer)
Da praça da república também parte a Avenida Nazaré, que pelo nome, já dá pra se saber que ela chegará a Basílica de Nossa Senhora de Nazaré, uma das principais atrações turísticas religiosas do Belém, a lembrar a festa do Círio de Nazaré. Também na mesma avenida, está o Parque da Residência, local da antiga residência oficial do governador, o espaço abriga a Secretaria de Cultura do Estado, e ainda permite ao visitante a visita a um orquidário, além de uma sorveteria dentro de um vagão de trem, um restaurante e um teatro (em reforma).

Na margem do bairro Campina, a misturar-se com o bairro do Comércio estão o Porto do Belém e a Estação das Docas, um conjunto de três galpões com restaurantes, bares, lojas de artesanato e o ponto de partida dos passeios de barco pela baía de Guajará. Os galpões possuem a parede virada para a baía, feita de vidro, o que permite quem está dentro do espaço, apreciar a vista. O local também é climatizado. Á noite de sábado o espaço se torna um dos principais points da cidade. Vale lembrar que quem for ao local deve estar preparado, porque comer ou beber nos bares do espaço é bastante caro.

Já saindo do bairro Campinas e entrando no Bairro do Comércio, ao lado da Estação das Docas está o famoso Mercado Ver-o-peso. No local é possível encontrar-se de tudo e é bastante popular, ou seja, nada de se "empiriquitar todo" (na gíria do cearense - ou melhor, se arrumar todo) para ir ao mercado. Durante o dia é possível encontrar de pilha para controle remoto à roupa, passando também pela curiosa culinária paraense.

Subindo a orla da baía, após o Ver-o-peso, já se chega ao Mercado de Ferro, atualmente fechado (não sei se para reforma) e logo em seguida já se encontra a praça do mercado dos peixes. Para os desacostumados, pode parecer estranho, ver a calçada de passeio, e sem nenhuma proteção, ao fim da calçada o rio e os barcos que trazem os peixes para o mercado, atracados neste pequeno porto improvisado.

Forte do Presépio, no Complexo Feliz Lusitânea, em Belém.
(Foto: Leonardo Heffer)
Logo em seguida, já se misturando entre o bairro do comércio e a cidade velha, já se chega a outro ponyo turístico de Belém, o Complexo Feliz Luzitanea. O local é o centro dos principais prédios construídos ainda no século XVII. Neste espaço oestão cercando a praça Frei Brandão, a Igreja de Santo Alexandre (antiga São Francisco Xavier),  o Museu de Arte Sacra, o Museu do Forte do Presépio e o Espaço Cultural Casa das Onze Janelas (com bares bastante movimentados e bem frequentados, novamente atenção ao preço!)

Vista de parte do Mangal das Garças, em Belém, no Pará.
(Foto: Leonardo Heffer)
Ainda subindo o bairro da Cidade Velha (e novamente suas ruas apertadas) chega-se a Avenida Tamandaré e a Capitania dos Portos em Belém. É importante mencionar a capitania, porque é lá, dobrando a direita que se chega a outro ponto turístico de Belém, o Mangal das Garças. O nome claro é devido a uma quantidade incrível de garças. No espaço você pode visitar um viveiro de pássaros (dá pra entrar no local com os bicho soltos - cuidado só com os que ficam te espreitando de cima dos galhos baixos), a torre de Belém que dá pra se ter uma vista panorâmica do rio Guamá e da baía de Guajará, além de parte da cidade. Também no local há um mirante sobre o rio e um restaurante (que vale lembrar, além de caro, tem fila de espera!).

No geral, essa foi a Belém visitada até o momento. Ao longo da semana vou relatando mais um pouco sobre cada lugar citado. Até lá.

Atenção tripulação, portas em atomático...

Se perguntamos a 10 pessosas "Você gosta de viajar?", muito provavelmente a resposta será "sim" em 100% dos casos. Conhecer novos lugares, quebrar a rotina enfadonha do dia a dia, descobrir novas culturas além das telas de televisão, cinema ou livros, quem não quer?

Mas nessa mesma amostragem, muito provavelmente 50% (ou menos) viajam da forma como gostariam realmente, indo para lugares mais distantes do que a cidade natal ou a cidade onde reside. Mas se contarmos que qualquer deslocamento para fora da cidade já pode ser uma grande viagem em questões de descobertas culturais, voltamos a uns 80% da amostragem que realizam este tipo de viagem (embora boa parte delas não chegam a realmente explorar os novos locais).

A ideia do Via Round Trip (ou Via Ida e Volta) é levar o leitor deste pequeno espaço cibernético a lugares que não conhece e prepará-los para uma viagem para estes novos lugares. Entenda que isso representa viagens não organizadas por guias turísticos, ou seja, a maioria das viagens aqui foram (ou serão) feitas na boa e velha "cara e coragem".

Ok, não vou mentir, sempre há uma preparação antes de chegar ao local. Aliás, isso é básico para qualquer pessoa que queria meter o pé na estrada, no avião, no carro, ou seja qual meio de transporte utilizado para chegar ao destino desejado (nunca diga destino final, já que a viagem é ida e volta, o destino final é o retorno são e salvo para casa!).

Bom, então, vamos lá, pegeu seu guia, seus mapas (extremamente importante), caderno de anotações e prepare-se porque a viagem vai começar...

"Atenção tripulação, portas em automático. Preparar para o voo"...